Iniciativa

Para combater as fake news

Diário Popular lança selo 'Isso é fake' contra a desinformação

Uma notícia não tem data nem horário pra sair, tampouco limite territorial para se espalhar. Imagine, então, um boato que envolve diversas pessoas, causa medo e mobiliza os moradores. Uma fake news logo cai na boca do povo e começa a crescer. Pensando nisso, o Diário Popular lança uma iniciativa: conferir essas notícias falsas e combater a desinformação. Com o selo Isso é fake, o DP passa a verificar as informações que correm pelas redes sociais, bancos das praças, ônibus e ruas de Pelotas.

isso ? fake

A ação vai de encontro a uma tendência no jornalismo brasileiro, num momento de crescimento da facilidade de receber informações pelos mais diversos meios, principalmente pelo digital. Em cada edição, o DP atualiza os pelotenses com informações sobre a cidade e Zona Sul, desconstruindo informações recebidas dentro da redação e construindo o que o leitor precisa para se manter informado. A iniciativa tem como objetivo conferir de forma rápida as desinformações que se alastram rapidamente entre a população. Com a novidade, a equipe de repórteres e editores passa a trabalhar de forma integrada para combater a desinformação.

Para a professora do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Raquel Recuero, a publicação do Isso é fake é essencial. "(As fake news) são uma praga que se alastram em vários níveis. Em nível local, é o mais crítico", aponta. Nos municípios, como Pelotas, ocorre com muita facilidade a disseminação de informações de "boca a boca", como ela chama. Raquel tem como foco de pesquisa as redes sociais e a difusão de informações na Internet. Comumente, ouvimos algo de uma vizinha, que soube pela amiga da amiga e, assim, como em um telefone sem fio, a desinformação cresce. Por isso, a preocupação principal do projeto são as fake news que chegam aos pelotenses, sem deixar de fora o que envolve a esfera estadual e nacional. "É uma forma de educar as pessoas a desconfiar de certas informações", frisou.

Há três anos, antes mesmo de boatos do gênero passarem a ser chamados de fake news, Pelotas viveu um dia de tensão. Em agosto de 2016, um caminhão batia em um dos muros do Presídio Regional de Pelotas, causando estragos que serviram para a fuga de seis apenados. Em pouco menos de uma hora, as mais diversas informações corriam pelas redes sociais: arrastões, assaltos em estabelecimentos, perigo total nas ruas. O caos estava instaurado. Muitas lojas do comércio fecharam as portas. Ao longo de todo o dia, os repórteres do DP ficaram em função de conferir as informações que se espalhavam rapidamente; a maior parte não passava de boatos.

De acordo com pesquisa realizada no último ano pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), as notícias falsas se alastram 70% mais rápido do que as verdadeiras, alcançando um número ainda maior de pessoas. O termo 'fake news' foi cunhado ao final do ano de 2016, por conta das diversas falas ditas pelo então participante da corrida presidencial dos Estados Unidos, Donald Trump, que repetia frequentemente o termo. Com a eleição de Trump, o termo ganhou ainda mais abrangência.

O editor-chefe do Diário Popular, Jarbas Tomaschewski, destaca que os leitores podem enviar sugestões para serem conferidas pela equipe do jornal. No meio digital, podem entrar em contato pelo Facebook, Twitter ou Instagram. Além do número de WhatsApp, (53) 98403-8618.

 

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